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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Serra defende investimento em infraestrutura e energia por novo ciclo da economia

Ex-governador afirma que modelo lulista, que deu certo até meados 2011, está esgotado
Do R7
Serra criticou a demora na construção das refinarias de petróleoRenato Cerqueira/28.10.2013/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (6), durante conferência telefônica com jornalistas, que o próximo presidente da República tem o desafio de acionar o que chamou de “o próximo ciclo da economia brasileira”, pautado em investimentos em infraestrutura e energia.  
Sem comentar em nenhum momento especulações sobre o cenário eleitoral de 2014 e concentrado no tema “economia brasileira”, Serra disse que o próximo presidente terá a tarefa de acabar com a desconfiança mútua entre o setor público e o privado que existe no País.  
— [O próximo presidente deverá] fazer com que os investimentos nessa área, de infraestrutura e energia, se expandam aceleradamente. Isso por esses dois critérios: aumento da demanda e, por outro lado, aumenta a produtividade da economia. [...] Essa deveria ser a linha.  
O tucano criticou o atual ciclo da economia brasileira e afirmou que o modelo está esgotado. A aposta em infraestrutura e energia, segundo Serra, “já devia ter sido iniciado a partir do esgotamento do modelo lulista, que deu certo até 2010 e começo de 2011”.  
— Esse modelo é o de consumo acelerado, baixo investimento, sobrevalorização cambial e desindustrialização. Esse é um modelo que poderia ter sido revertido com mais eficácia se o governo tivesse tido capacidade para investir, mas não conseguiu.  
Serra usou como exemplos de esgotamento a demora para a concessão de rodovias à iniciativa privada e o atraso nos investimentos na área do petróleo.  
— Tempo para o governo não é dinheiro, é só para a iniciativa privada. O governo pode levar o tempo que for que não há perdas. Mas há perda efetiva. Esse é um fator de impulso para o próximo governo.  
O ex-governador disse que um dos principais fatores para o aumento do saldo negativo das contas do governo é o petróleo. Serra disparou contra a construção de refinarias pelo governo brasileiro.  
— Estamos longe da auto-suficiência porque a evolução da produção é lenta e por causa das refinarias. Os erros cometidos na construção de refinarias, como Abreu e Lima [em Pernambuco] e outra no Rio de Janeiro, só material para curso como se investe mal e não se sabe planejar e investir no Brasil. O desarranjo da Petrobras pode ser equacionado.  
No plano fiscal, Serra defendeu que o próximo governo tenha o jogo de cintura necessário para não cortar gastos essenciais e para saber “segurar a expansão do custeio”.  
— Este ano, [o custeio cresceu 21%, o que é espantoso. É uma política que vem desde meados da década passada. [...] Vou dar um exemplo: o governo federal nomeia cerca de 25 mil cargos de confiança em Brasília. [...] São necessárias certificações, não a nomeação de qualquer indivíduo. Tem que respeitar alguns critérios como formação e experiência. 

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