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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Fabio Silveira comenta sobre exportações de minério de ferro para a China no Jornal das Dez 
30.09.2013

Acesse aqui a entrevvista do nosso sócio, Fabio Silveira, sobre a queda das exportações de ferro para a China.
Confira aqui maiores informações sobre as exportações do Brasil para a China.

South America Calling
Alastair Stewart South America Correspondent

Terça-feira 24.09.13

Agriculture Drags Along Brazilian Economy
Agriculture has long been the cornerstone of the Brazilian economy, providing vital export dollars to balance foreign accounts and bolstering growth.
But this year it promises to become a key driver amid disappointing performance in other areas.
The farm sector will account for over one percentage point of the 2.4% growth forecast for the Brazilian economy in 2013, according to Fabio Silveira, research director at GO Associados, a local consultancy.
Farm growth is being led by grain production. Brazil will be the world's No. 1 soybean producer for the second consecutive year in 2013-14, according to the U.S. Department of Agriculture.
The international investment community has become disillusioned with Brazil over the past 18 months due to the economy's stubborn sluggishness.
The service sector, which expanded rapidly in the years up to 2011 leading The Economist to announce that Brazil had taken off, is not growing significantly and industry has been slow to react from the five-year battering it took due to the strength of the Brazilian real.
In contrast, agricultural GDP will grow 5% to an estimated R$1.04 trillion ($473 billion) in 2013, responding for 23% of the whole economy, according to the National Agriculture and Ranching Confederation (CNA).
Larger harvests are boosting the processing and support industries.
Unexpectedly strong tractor demand in the first eight months of 2013 has prompted Brazil's Automotive Industry Association (ANFAVEA) to predict a 7% increase in sales to around 60,000 in 2013.
It's a similar story in the area of fertilizers.
The Brazilian Fertilizer Distributors Association (ANDA) predicted a 3% increase in demand to 30.5 million metric tons this year, but demand rose 5.5% between January and August.
Data like this increases the visibility of the farm industry among economists and in the corridors of power, where the farm lobby has become more effective of late but where agriculture has little voice within the executive.
Agriculture is one of the few areas in which Brazil has a competitive advantage, and the government appears, very slowly, to be coming to the conclusion that giving the industry greater support may actually benefit the economy as a whole.
(AG)
Posted at 11:09 CDT 24.09.13 by Alastair Stewart

Link: http://www.dtnprogressivefarmer.com/dtnag/common/link.do;jsessionid=C02507933C084CBF79C785295E3FB18C.agfreejvm2?symbolicName=/ag/blogs/template1&blogHandle=southamerica&blogEntryId=8a82c0bc3e43976e014150bb4a521e1e

China dá alento a exportação brasileira

Indústria do país asiático mostra sinais positivos, o que já se reflete, por exemplo, no preço do minério de ferro vendido pelo Brasil

30 de setembro de 2013 | 2h 06

Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo

A economia chinesa tem dado recentemente sinais positivos, contrariando previsões de analistas que previam uma desaceleração mais forte. Para o Brasil, esses sinais começam a trazer esperança de um melhor desempenho na balança comercial, já que os chineses são os principais clientes das empresas brasileiras.
A grande surpresa da economia chinesa tem sido o desempenho da indústria, em um momento em que o governo local sinalizou que faria uma reorientação do crescimento econômico para o consumo. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria subiu em setembro. Pela última previsão do Fundo Monetário Internacional, o Produto Interno Bruto da China deve crescer 8% este ano.
A China é a maior importadora de produtos brasileiros, com destaque para o minério de ferro e commodities agrícolas, principais itens da pauta de exportação da balança comercial do Brasil (ver quadro). "A economia chinesa começa a mostrar uma recuperação em relação aos padrões de crescimento dela. O Brasil é impactado toda vez que a China sofre qualquer mudança econômica", afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Os sinais positivos da China ajudaram a elevar a cotação do preço do minério. No mês de agosto, a tonelada do produto foi vendida a US$ 84,7. Na primeira semana de setembro, passou para US$ 86,9, subiu para US$ 94,3 na semana seguinte, e chegou a US$ 99. "A minha expectativa é que essa cotação deve alcançar entre US$ 105 e US$ 108 por tonelada", afirma Castro. Entre janeiro e agosto, a cotação do minério teve uma queda de 2,9%.
Em julho, a AEB previu um déficit de US$ 2 bilhões para o ano mas, segundo Castro, o resultado deste ano pode ficar próximo de um "zero a zero" por causa do efeito minério.
O reaquecimento da economia também abre uma "boa perspectiva" para o primeiro semestre de 2014, segundo Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). "A melhora da China traz uma perspectiva positiva porque a gente esperava desaceleração maior", diz. "Isso é um fato positivo, que terá impacto no nosso comércio exterior."
O ritmo maior da indústria chinesa não deve ser suficiente para reverter o ano ruim da balança comercial. Na semana passada, o próprio Banco Central estimou um superávit de apenas US$ 2 bilhões para este ano, resultado bem abaixo do de 2012, quando o saldo positivo foi de US$ 19,4 bilhões.
Na avaliação do diretor de Pesquisa Econômica da consultoria GO Associados, Fabio Silveira, uma melhora deve ser encarada como um "suspiro". "Pode até haver alguma alta de receita nos próximos meses, mas ela vai ser discreta. Não vai alterar significativamente o resultado das exportações. Eu diria que existe mais torcida do que fundamento para ter alguma melhora das exportações." A GO Associados prevê um saldo de US$ 2 bilhões na balança comercial deste ano.
De acordo com o economista, qualquer ganho com o minério daqui para a frente em 2013 vai servir para recuperar o espaço perdido pela produção brasileira para a Austrália na China.
"A Austrália é um fornecedor mais próximo do mercado chinês, com uma oferta da produto boa e frete mais barato", afirma Silveira. Ele também destaca que a receita do minério de ferro exportada deve avançar pouco este ano: será de US$ 32 bilhões, ante US$ 31 bilhões do ano passado. Em 2011, foi de US$ 41 bilhões.

Ex-presidente do Cade vê risco em abertura de leilões de aeroportos

Para Gesner Oliveira, fim da 'trava' que limita participação dos atuais concessionários pode criar concorrência desleal

28 de setembro de 2013 | 2h 07

BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Caso o governo decida retirar a "trava" que hoje impede os atuais concessionários de aeroportos a participar dos leilões de Galeão (RJ) e Confins (MG), ele poderá abrir a porta para a concorrência desleal, além de desestimular investimentos. A afirmação é do ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gesner Oliveira, atualmente sócio da GO Associados e professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"É um grande problema, porque os aeroportos do Galeão e de Guarulhos representam mais de 80% do tráfego internacional", comentou. "Se o mesmo consórcio detiver duas infraestruturas concorrentes, vai haver um desestímulo a fazer o que o País mais precisa neste momento, que é investimento." Atualmente, o Aeroporto de Guarulhos está concedido ao consórcio Invepar, formado pelos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobrás), além da construtora OAS e da operadora sul-africana de aeroportos ACSA. Pelas regras atuais, esse grupo só poderá deter até 14,99% do Galeão e de Confins.
Porém, por pressão do Tribunal de Contas da União (TCU), essa "trava" pode ser derrubada, o que abriria espaço para a Invepar brigar pelo Galeão. Aceitar isso, do ponto de vista de Gesner, seria um erro.
Leilão. Os prejuízos à concorrência começariam já no leilão, disse ele. "Se eu tenho a possibilidade de ter o monopólio, se vou controlar o tráfego aéreo internacional, posso fazer um bid (lance) mais agressivo", explicou. "Os outros participantes não fariam o mesmo, porque não estão em Guarulhos. Isso é concorrência desleal."
Já o professor Fernando MacDowell, livre-docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acha que a tendência é ocorrer o contrário. "Se a Invepar entrar, os outros terão de tentar ser mais agressivos do que ela." Ou seja, ele considera uma eventual abertura positiva para a concorrência. "Se tiver um bid esquisito, basta o governo não aprová-lo."
Outro problema de concorrência apontado por Gesner é nas empresas aéreas. "Há margem para fazer acordos com grandes companhias, que tenham por objetivo fechar a entrada às demais", disse. "O efeito nocivo não é só o risco de pouco investimento em infraestrutura, mas também para o mercado de transporte aéreo."
Gesner acredita que um eventual domínio dos principais aeroportos pelo mesmo grupo propiciará menores investimentos, mesmo levando em consideração que os contratos de concessão trazem uma lista de obras a serem executadas.
O caso do Reino Unido é citado por ele e pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, para justificar a manutenção da "trava". Lá, uma mesma empresa controlava vários aeroportos. Os baixos investimentos e as tarifas elevadas geraram uma investigação que culminou com a exigência de o grupo vender os aeroportos de Gatwick e Stansted, nas imediações de Londres, e o de Edimburgo.
A posição oficial do governo é pela manutenção da "trava". Porém, a ordem é não se opor ao que determinar o TCU. A posição do tribunal será conhecida na quarta-feira.


China dá alento à exportação brasileira

Indústria do país asiático mostra sinais positivos, o que já se reflete, por exemplo, no preço do minério de ferro vendido pelo Brasil

Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo
A economia chinesa tem dado recentemente sinais positivos, contrariando previsões de analistas que previam uma desaceleração mais forte. Para o Brasil, esses sinais começam a trazer esperança de um melhor desempenho na balança comercial, já que os chineses são os principais clientes das empresas brasileiras.
A grande surpresa da economia chinesa tem sido o desempenho da indústria, em um momento em que o governo local sinalizou que faria uma reorientação do crescimento econômico para o consumo. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria subiu em setembro. Pela última previsão do Fundo Monetário Internacional, o Produto Interno Bruto da China deve crescer 8% este ano.
A China é a maior importadora de produtos brasileiros, com destaque para o minério de ferro e commodities agrícolas, principais itens da pauta de exportação da balança comercial do Brasil (ver quadro). "A economia chinesa começa a mostrar uma recuperação em relação aos padrões de crescimento dela. O Brasil é impactado toda vez que a China sofre qualquer mudança econômica", afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Os sinais positivos da China ajudaram a elevar a cotação do preço do minério. No mês de agosto, a tonelada do produto foi vendida a US$ 84,7. Na primeira semana de setembro, passou para US$ 86,9, subiu para US$ 94,3 na semana seguinte, e chegou a US$ 99. "A minha expectativa é que essa cotação deve alcançar entre US$ 105 e US$ 108 por tonelada", afirma Castro. Entre janeiro e agosto, a cotação do minério teve uma queda de 2,9%.
Em julho, a AEB previu um déficit de US$ 2 bilhões para o ano mas, segundo Castro, o resultado deste ano pode ficar próximo de um "zero a zero" por causa do efeito minério.
O reaquecimento da economia também abre uma "boa perspectiva" para o primeiro semestre de 2014, segundo Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). "A melhora da China traz uma perspectiva positiva porque a gente esperava desaceleração maior", diz. "Isso é um fato positivo, que terá impacto no nosso comércio exterior."
O ritmo maior da indústria chinesa não deve ser suficiente para reverter o ano ruim da balança comercial. Na semana passada, o próprio Banco Central estimou um superávit de apenas US$ 2 bilhões para este ano, resultado bem abaixo do de 2012, quando o saldo positivo foi de US$ 19,4 bilhões.
Na avaliação do diretor de Pesquisa Econômica da consultoria GO Associados, Fabio Silveira, uma melhora deve ser encarada como um "suspiro". "Pode até haver alguma alta de receita nos próximos meses, mas ela vai ser discreta. Não vai alterar significativamente o resultado das exportações. Eu diria que existe mais torcida do que fundamento para ter alguma melhora das exportações." A GO Associados prevê um saldo de US$ 2 bilhões na balança comercial deste ano.
De acordo com o economista, qualquer ganho com o minério daqui para a frente em 2013 vai servir para recuperar o espaço perdido pela produção brasileira para a Austrália na China.
"A Austrália é um fornecedor mais próximo do mercado chinês, com uma oferta da produto boa e frete mais barato", afirma Silveira. Ele também destaca que a receita do minério de ferro exportada deve avançar pouco este ano: será de US$ 32 bilhões, ante US$ 31 bilhões do ano passado. Em 2011, foi de US$ 41 bilhões.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O baixo desemprego de hoje e as contas externas de amanhã


A taxa de desemprego situou-se em 5,3% em agosto, segundo o IBGE. Foi menor que a do mês anterior (5,6%). Trata-se efetivamente de um bom resultado, que deveu se, quase todo, à redução do número de pessoas desocupadas (-6,0%), já que a população economicamente ativa registrou evolução ínfima (0,03%). Essa melhora apoiou-se, sobretudo, no desempenho econômico favorável dos setores de serviços e comércio, que responderam por cerca de 90% dos 127,6 mil empregos líquidos gerados em agosto. A indústria teve, de novo, contribuição discreta. 

Para os próximos meses, espera-se o aumento da contribuição relativa da indústria, por conta, sobretudo, da desvalorização da taxa de câmbio, que, ao estimular exportação e inibir importação, abriu algum espaço para a expansão de postos de trabalho no setor. De todo modo, no curto e médio prazo, é inescapável que o peso relativo da indústria na dinâmica do mercado de trabalho nacional seguirá sendo exageradamente pequeno para o estágio atual do desenvolvimento econômico do País.

Achando-se talvez já pronta para frequentar as rodas sociais do restrito clube das avançadas sociedades do conhecimento, a “alma brasileira” desdenha precocemente da importância do setor
secundário no equilíbrio macroeconômico de longo prazo. Trata-se de um grave erro de estratégia, cujo preço a pagar amanhã poderá ser bastante salgado.

As contas externas brasileiras vivem um momento ruim, pois, entre outros motivos, a exportação de industrializados ex-agronegócio tem relevância diminuta. Neste ano, lograremos minguado superávit comercial de US$ 2 bilhões, por obra não apenas da estupenda competitividade das cadeias de soja, carnes, cana-de-açúcar, entre outras, mas também da vigência de preços “turbinados” nos mercados internacionais desses produtos. Mas é preciso lembrar que as economias vivem ciclos e, em algum momento do futuro, os preços de tais commodities serão corrigidos para baixo.
DIRETOR DE PESQUISA ECONÔMICA DA GO ASSOCIADOS

Fonte: Caderno Economia & Negócios - Estado de São Paulo

Data:27/09/2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Especial da Semana

24/09/2013 - 00h000

Crise no modelo asiático pioraria cenário para Brasil

SÃO PAULO - Crescimento da economia à taxa de 4,5% ao ano "ficou para as calendas gregas", ou seja, dificilmente se repetirá, pelo menos no médio prazo...

Roberto Muller Filho / Liliana Lavoratti
foto: Paulo BaretaFábio Silveira: "Estamos na pós-adolescência, começando a amadurecer, encontrando alguns limites, inclusive do crescimento. Isso já está acontecendo com a indústria, que luta pelo equilíbrio"
Fábio Silveira: "Estamos na pós-adolescência, começando a amadurecer, encontrando alguns limites, inclusive do crescimento. Isso já está acontecendo com a indústria, que luta pelo equilíbrio"
SÃO PAULO — Crescimento da economia à taxa de 4,5% ao ano “ficou para as calendas gregas”, ou seja, dificilmente se repetirá, pelo menos no médio prazo, pois o horizonte para os próximos dois anos é de baixo crescimento:  2,0%, 2,5%, 2,6%. A avaliação é do diretor de pesquisas econômicas da consultoria GO Associados, Fábio Silveira. Em entrevista ao jornal DCI, ele enumera as razões pelas quais acha difícil o País recuperar o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) à taxa alcançada pouco tempo atrás.
Além das dificuldades da Europa e dos Estados Unidos, Silveira levanta a preocupação com o alastramento do baixo ritmo de crescimento da China, para outros países asiáticos, o que seria ruim para o Brasil, pela importância dessas economias nas nossas exportações. “Existe uma coisa mais ampla que diz respeito ao entorno da China: a possibilidade de uma crise asiática. A Índia já teve uma desvalorização forte, como na Indonésia e Malásia. E a Coreia do Sul cresce pouco. Não é só no Brasil que o custo de vida se torna mais caro, na Ásia também. Os asiáticos, com exceção dos chineses, estão com queda de consumo e isso compromete o próprio crescimento na região”, argumenta o economista.
A seguir, a entrevista.
DCI: Ainda há tempo de uma recuperação da economia neste ano, acima do que aconteceu até agora?
Fabio Silveira: A economia está andando bem devagar. A indústria não crescerá mais do que 1,5%, que não vai recuperar a perda de 2012. Apesar de toda a desvalorização cambial, não há mais tempo hábil e nem força competitiva para reverter esse quadro de debilidade no qual a indústria mergulhou nos últimos anos e que agora ela tem uma esperança de retomada com a desvalorização do real. Ao mesmo tempo que a desvalorização aumenta a competitividade da exportação e reduz a concorrência com os importados, esse efeito é restrito porque nossa pauta de exportações é majoritariamente de produtos básicos, intermediários, commodities ou quase commodities. Não temos uma concorrência via preço. O sujeito que está importando soja não faz isso porque é mais barato neste ou naquele país, mas porque se necessita desse produto.
DCI: Qual é o peso da desvalorização cambial neste cenário?
FS: A desvalorização cambial beneficia os produtos industrializados, com maior valor agregado; e reduz a componente que está dentro do produto, como o tributo e outros custos. Quando se desvaloriza o preço da soja em dólar, o mercado internacional permanece praticamente o mesmo. Do ponto de vista do comprador da soja, não tem lá grandes vantagens. Portanto, essa é a desvantagem de uma economia pautada, sobretudo, em itens de menor valor agregado. O exportador de soja, com essa desvalorização, ganha mais reais, mas o impacto fica limitado aos exportadores de soja, não alcança toda a economia. Porque a soja é uma cadeia curta, ganham os estados produtores de grãos, mas o efeito não é tão amplo quanto se esse benefício ocorresse na cadeia da produção de automóvel, de calçados ou de máquinas. Se exportássemos mais bens industrializados, a desvalorização cambial seria benéfica para produtores de aço, de plásticos, de todos os fornecedores e prestadores de serviços para esses segmentos industriais. São cadeias produtivas mais ricas. Essa é  a vantagem da desvalorização cambial quando feita na Coreia, por exemplo, bem diferente do que ocorre no Brasil.
DCI: O Brasil continua um mercado atrativo para os estrangeiros?
FS: Apesar de nossas mazelas, aqui é mais vantajoso para uma empresa estrangeira se estabelecer do que na Índia, uma sociedade muito complexa. Por isso os investidores estrangeiros continuam desembarcando por aqui e isso vai criar mais concorrência doméstica. Ou seja, ainda não estamos travados em 100%, mas a evolução é lenta. A inflação está mais ou menos estável, o crescimento da economia é modesto e os juros ainda estão muito altos – Selic em 9%, menos 6% de inflação, dá um juro real na faixa de 3% ao ano. É muito juro, que é pago não só pelo consumidor, mas por grande parte da cadeia produtiva – empresas industriais, prestadoras de serviços que necessitam de capital de giro. Tudo isso inibe e encarece as cadeias produtivas. O horizonte, para os próximos dois anos é de baixo crescimento:  2,0%, 2,5%, 2,6%.
DCI: Os 4,5% ao ano ficaram para trás?
FS: Isso ficou para as calendas gregas. Não temos como sustentar um crescimento na faixa de 4,5%, pois não existem motivos para investir. Muitas cadeias produtivas operam com ociosidade, vários segmentos industriais estão com  horas de trabalho sobrando. O empresário olha para o futuro e vê a crise na Europa ainda não resolvida, nos Estados Unidos uma lenta recuperação, uma China que vai e não vai e, agora, precisa de propaganda oficial para convencer que voltará a crescer bem. Está começando a ficar claro que o planejamento da economia na China não foi perfeito, sobra produção de algumas coisas e falta demanda. Não adianta mais dar crédito para a economia funcionar, as travas do crescimento estão aí, também afetado pela desaceleração na Europa e EUA.  A China está perdendo fôlego, dinamismo, não vai crescer pouco, pois afinal de contas é uma economia grande, mas domesticamente já encontra alguns limites para seu avanço, frutos de distorções que o próprio crescimento chinês provocou.
DCI: Há risco de a situação da China se alastrar para o resto da Ásia?
FS: Sim, existe uma coisa mais ampla que diz respeito ao entorno da China: a possibilidade de uma crise asiática. A Índia já teve uma desvalorização forte, como na Indonésia e na Malásia. E a Coreia do Sul está crescendo pouco. Não é só no Brasil que o custo de vida se torna mais caro, a vida na Ásia também está ficando cara, com desvalorização nos últimos meses. Os asiáticos, com exceção dos chineses, estão com queda de consumo e isso compromete o próprio crescimento de Indonésia, Índia, que é outro Bric grande que crescia 6%, 7%, e  não vai crescer mais que 4,5%. É uma mudança em andamento, que de certa maneira, mais cedo ou mais tarde, acabará inibindo o crescimento chinês. E é isso que nos interessa de perto. Daqui dois anos, a China estará contaminada com o baixo crescimento asiático, aí as nossas commodities já baixaram a forma de preço. Chegamos ao ponto em que a própria Ásia encontra limites para avançar. No modelo chinês, o sujeito saía do campo e nas cidades era mão de obra barata, como ocorreu no Japão, modelo esse depois transportado para a Coreia, Taiwan e outras economias da Ásia, para a Índia, Tailândia, Malásia... São modelos que têm na migração  do campo para a cidade a origem da mão de obra barata aproveitada no setor produtivo. Mas em um determinado momento as cidades começam a se tornar mais caras, o custo de produção também, bem como o custo comercial. E isso começa a inviabilizar as linhas de produção de alguns segmentos, em países mais frágeis, que não têm tanto crédito, tanta saúde financeira, estabilidade fiscal.
DCI: Começam a surgir algumas fragilidades no modelo asiático?
FS: Sim, e essas fissuras são percebidas pelos investidores, que têm um montão de dinheiro em mãos e vão atrás de oportunidades, de títulos públicos e pressionam esses governos mais frágeis da Ásia a remunerar melhor os papéis emitidos por eles próprios. Como acontece no Brasil, pois estamos no mesmo planeta. O que funciona aqui funciona lá. As desconfianças dos investidores sobre o Brasil, no primeiro semestre, começam a chegar aos países asiáticos. E para nós isso não é bom. Pior que a crise europeia, para nós, é uma crise asiática. A crise europeia já está instaurada e não exportamos muito para os europeus. Nossos grandes parceiros dos últimos tempos foram os asiáticos e agora a casa deles está ficando um pouco desarrumada por conta de dificuldades fiscais, crescimento baixo, desvalorização cambial que gera crescimento menor, que dificulta o equilíbrio fiscal. Enfim, eles começam a entrar num ciclo de preocupação que pode, em alguma medida, prejudicar. O crescimento econômico chinês não é isolado, nada é isolado em termos econômicos. A China vende parte da produção dela  para a Ásia e  ela se abastece da região, compra muito insumo dos países vizinhos, que por sua vez também não vão conseguir comprar a mesma quantidade da China. Isso tudo nos leva a concluir que acabou a bonança brasileira. Não só a brasileira, mas acabou a janela de oportunidades.
DCI: O senhor vislumbra o risco de uma crise geral?
FS: Eu não diria de uma crise geral. Nos últimos dez anos houve tanta injeção de moeda que essa liquidez de recursos no mundo acabou inibindo mudanças muito bruscas. Não vejo a repetição de crises com a intensidade da asiática de 1997, russa de 1998, da crise da desvalorização cambial do Brasil em 1999. É um quadro de crescimento mais lento, cada vez mais gradual, mas sem grandes rupturas como tivemos naqueles anos, que mudaram as economias da Tailândia, da Indonésia. Até a própria Coreia passou por apuros. É um horizonte de baixo crescimento instalado, mas nesse contexto existem oportunidades para empresas mais preparadas, mais treinadas. As empresas, bancos, governos, prestadores de serviços que estiverem mais atentos a essas mudanças podem acabar com desempenhos melhores nesse quadro geral. Já os mais despreparados e desequilibrados serão prejudicados. Não é um ambiente de crescimento, com espaço para todos, quando todos podem se beneficiar do crescimento. Agora, todos terão de brigar por um espaço menor.
DCI: A recuperação, embora lenta, dos EUA, não alivia a situação geral?
FS: Os bons sinais dos EUA trazem um alento, e de certa formam contrabalançam a desaceleração asiática. A economia norte-americana não está melhorando, só parou de piorar. Não chamaria isso de contrapeso à economia da Europa, que está andando de lado. Tem um ponto muito delicado e muito relevante nos próximos meses: a forma pela qual ocorrerá a transição dos estímulos de US$ 85 bilhões ao mês na economia americana, para cerca de US$ 75 bilhões, US$ 55 bilhões, US$ 40 bilhões... Não se sabe quando esse processo vai terminar porque a recuperação não é de toda sólida. A partir do momento em que ficar mais claro que a economia está mesmo se recuperando, é provável que os juros de mercado também comecem a subir nos EUA, o que não é bom para o Brasil, pois essa dinheirama que gira no mercado financeiro internacional vai correr para lá.
DCI: Olimpíadas e Copa do Mundo não ajudam nos investimentos?
FS: Isso é conversa. O impacto das Olimpíadas já foi. O governo não vai poder fazer grande, sair gastando, porque as finanças estão apertadas. Não vou dizer desequilibradas, elas estão apertadas, então não vamos construir isso e aquilo. O setor privado está investindo, mas não é um investimento tão expressivo assim. E o que conta é investimento na indústria. Quando se constrói uma siderúrgica, uma petroquímica, isso sim é investimento que pesa na formação do capital, que fortalece o PIB. Construir um prédio não tem investimento alto. O investimento no campo abrange número limitado de pessoas, de setores, de empresas, mas não é um investimento com a mesma representatividade como os aportes no setor automobilístico, siderúrgico, papel e celulose, máquinas e equipamentos. Esses são os investimentos que aumentam a capacidade produtiva de maneira extraordinária. Esses, infelizmente, não temos.
DCI: Estamos vivendo o fim das ilusões com o fato de que os juros caíram e não voltamos a crescer como se esperava, que o real foi desvalorizado e isso pouco ajuda a nossa balança comercial?
FS: Eu acho que a gente está numa fase pós-adolescente. O  adolescente sonha ser jogador de futebol, cantor, líder espiritual, até papa e presidente da República. Acho que a gente vai cair na real nos próximos anos. O Brasil vai crescer 4%, 5%? Isso a gente pode esquecer porque não temos capacidade de investimento que leve a economia a esse patamar de avanço. Temos questões estruturais, temos um mercado que crescia 8%, 9% ao ano, isso caiu para 7%, 4% e até 3%. Daqui a pouco estaremos com uma taxa japonesa, ao redor de 1%. Estamos amadurecendo, de alguma forma estamos encontrando alguns limites, inclusive do crescimento. A própria indústria achou seu limite de crescimento, ela tem de lutar um pouco mais para não ser destruída, para ter uma vida mais longa. A concorrência asiática na indústria  é muito grande.
Fonte: DCI

Agronegócio deve garantir metade da expansão do PIB

Na safra 2014, que começa a ser plantada, o Brasil deve superar os EUA e virar o maior produtor e exportador mundial de soja


MÁRCIA DE CHIARA - O Estado de S.Paulo
Quase a metade da expansão da economia deste ano virá do agronegócio, que tem como carro-chefe a soja. Com recordes seguidos de produção, o grão deve levar o País a uma posição inédita.
Na safra 2014, que começa a ser plantada este mês, o Brasil poderá ser o maior produtor e exportador mundial de soja, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Projetava-se essa mudança, de o Brasil superar os EUA, ainda em 2013, mas isso não ocorreu.
A produção brasileira esperada de 88 milhões de toneladas de soja para 2014 deve superar a safra dos EUA, de 85,7 milhões de toneladas, que está em fase final e foi afetada pela seca.
Do crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo mercado para este ano, segundo o Boletim Focus do Banco Central (BC) mais recente, um pouco mais de um ponto porcentual virá da agroindústria, calcula o diretor de pesquisa da consultoria GO Associados, Fabio Silveira.
Nas suas projeções, ele considerou o PIB do agronegócio de 2012 em R$ 989 bilhões e a estimativa de crescimento para o setor de 5% para este ano, ambos os dados da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA). Se as estimativas de crescimento se confirmarem, o PIB do agronegócio deve somar R$ 1,038 trilhão em 2013 e responder 23% de toda a riqueza gerada no País.
"Essa cifra inclui os segmentos antes e depois da porteira", ressalta Adriana Ferreira Silva, economista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que calcula o PIB do agronegócio para a CNA. Isso significa que a cadeia da agroindústria considera não só os produtos primários da agricultura e da pecuária, mas também toda a riqueza criada no processamento e na distribuição, além do desempenho da indústria de insumos.
"O agronegócio está puxando não só a indústria de alimentos, mas também a de bens de capital. Na minha avaliação, o agronegócio pode neste ano tracionar a economia mais do que o varejo", diz o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emílio Alfieri, que acompanha de perto o consumo.
Enquanto a indústria patina e o varejo desacelera, as evidências da força do agronegócio para tracionar outros setores da economia já aparecem nas vendas de insumos. "Se não houver nenhum imprevisto até dezembro, as vendas de tratores de rodas neste ano serão recordes", afirma o diretor de Vendas da Agrale, Flávio Crosa.
Surpresa. Ele conta que 2012 já tinha sido um ano bom para a agricultura e foram vendidos no mercado 56 mil tratores de rodas, que são para o agronegócio. Para este ano, a estimativa inicial era vender 54 mil máquinas. Mas até agosto foram comercializados 44,9 mil unidades, segundo a Anfavea. A perspectiva agora é que o ano feche com 60 mil tratores comercializados. "Não imaginávamos que uma demanda tão forte assim."
Além da capitalização dos produtores, Crosa cita a manutenção até dezembro do Programa BNDES de Sustentação do Investiment (PSI) como fator de impulso às vendas.
A história se repete no fertilizante. Em 2012, foram vendidas 29,5 milhões de toneladas. Consultorias projetam para este ano 30,5 milhões de toneladas. Até agosto alta foi de 5,5%. "Teremos mais um recorde", prevê o diretor da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

TIM Brasil pode ser vendida caso a Telefónica assuma a Telecom Italia

SÃO PAULO - Uma reunião entre os acionistas da Telecom Italia, dona da TIM Brasil, deverá definir o futuro da operadora de telefonia no País no próximo dia 3 de outubro. A princíp...

Paula Cristina - Agências
  SÃO PAULO - Uma reunião entre os acionistas da Telecom Italia, dona da TIM Brasil, deverá definir o futuro da operadora de telefonia no País no próximo dia 3 de outubro. A princípio marcado para amanhã, o objetivo do encontro será discutir o desempenho da empresa, que acumulou prejuízo líquido de 1,407 bilhão de euros no primeiro semestre de 2013.
Entre as saídas para a Telecom Itália apontadas pelo mercado, está o aumento da participação da Telefónica, através da Telco, nas ações do grupo. "Com o aumento de posição da Telco na Telecom Itália o grupo terá, com certeza, que se desfazer da TIM Brasil", diz Wagner Eric Heibel, sócioresponsável por assuntos regulatórios da GO Associados. 
Segundo Heibel, a ação se daria em função da lei de monopólio, controlada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) "Somado à Vivo, o grupo passaria a deter mais de 50% do mercado móvel no Brasil, o que dificilmente seria aceito pela Anatel e pelo Cade", disse. 
Para Fernando Garcia, professor de engenharia da telecomunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, há perspectiva de que o mercado absorva bem uma possível venda da TIM. "Há muitos interessados, inclusive o megainvestidor americano George Soros, que vem procurando oportunidades no Brasil", disse ele. 
"Outra opção é a venda para a GVT, que já deu sinais de interesse em entrar no mercado móvel", concluiu o analista, lembrando que a Vodafone também já anunciou interesse de vir para o Brasil. 
O desempenho abaixo do esperado vem criando no mercado especulações de grupos que estariam interessados na operação da Telecom Itália. "Comenta-se que a Vodafone, a América Móvil [do megaempresário Carlos Slim, dono da Claro no Brasil], a AT&T e o magnata egípcio Neguib Sawiries seriam alguns dos concorrentes", disse Heibel. 
Esta semana, os acionistas do grupo italiano teriam rejeitado uma oferta de 800 euros da Telefónica, realizada através da Telco, consórcio que possui participação dos bancos Sanpaolo e Mediobanca e a seguradora Generali. 
Procurada, a TIM informou que indagou a Telecom Italia (TI) sobre os rumores e "a esse respeito, a Companhia foi informada pela TI que esta não possui quaisquer informações com relação aos rumores mencionados", dizia nota oficial da TIM.

Fonte: DCI
Link: http://www.dci.com.br/servicos/tim-brasil-pode-ser-vendida-caso-a-telefonica-assuma-a-telecom-italia-id364497.html

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

No dia 25 de setembro, participaremos do IV Seminário “Inovação e Investimentos” da TelComp


VAGA DE ESTÁGIO


13.09.2013

A GO Associados é uma consultoria multidisciplinar na área de infraestrutura, defesa da concorrência, defesa comercial e comércio exterior e está selecionandoestagiários de economia, administração, ciências contábeis, engenharia e direito, que sejam versáteis e estejam dispostos a trabalhar com temas econômicos, jurídicos, regulatórios entre outros.

Dupla graduação em qualquer das carreiras citadas pode ser um diferencial, mas não é obrigatória. Inglês é indispensável.

O estagiário trabalhará diretamente com os sócios da consultoria. O trabalho a ser desenvolvido pelo estagiário envolverá a participação na elaboração de estudos e pareceres na área de regulação, infraestrutura, defesa da concorrência e comércio internacional. Também poderá envolver revisão de contratos e documentos relacionados a projetos dessa natureza, incluindo participação na negociação desses instrumentos. A GO Associados presta consultoria também a Governos e organismos multilaterais (Banco Mundial, BID, entre outros) auxiliando na formulação de políticas públicas.

Horários de estágio:
De 2ª a 6ª feira das 8:00h às 14:00h ou das 14:00h às 20:00h
 
Além disso, a Consultoria oferece oportunidades para envolvimento acadêmico e participação em grupos de estudos.

Remuneração compatível com as principais consultorias e escritórios de advocacia do mercado.


Contato
Tel: (11) 3030-6676

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Latin America: Why are water companies trying to save energy?


Water companies in Latin America met to share experiences on how to improve energy efficiency and reduce wastage.

STORY HIGHLIGHTS

·         In Latin America, 45% of water is lost before it reaches the customer
·         Globally, water and sanitation companies consume 4% of all the energy produced worldwide
·         Utlity companies met in Argentina to share experiences on how to boost energy efficiency and reduce water loss

RELATED
WORLD BANK
In Latin America, a massive 45% of water is lost before it reaches the customer. This non-revenue water not only compounds the challenge of increasing drinking water access, it also represents a huge loss of energy.
Water and sanitation companies around the globe consume around 4% of the total energy produced worldwide, but lose up to four fifths of that energy between plant and tap.
According to the World Bank’s Energy Sector Management Assistance Program, (ESMAP) energy efficiency measures can help water utilities reduce energy costs by 5 and 25%.
Concrete examples of this claim are:
·         The Alagoas Water and Sanitation Company (CASAL) and the São Paulo State Basic Sanitation Company (SABESP) increased water access from 13 to 24 hours after reducing the losses through broken pipes and illegal connections. Round-the-clock access is now a reality for one million more people in Benedito Bentes, a neighborhood in Maceió, Alagoas, Brazil.
·         An integrated energy management program by Empresas Públicas de Medellín (EPM), in Colombia actively tracks energy use throughout the water system. Their data identifies abnormalities and monitors efficiency goals. By doing this, from 2010 to 2013, EPM saved approximately US$455,000.
·         A program implemented by Uruguay’s Obras Sanitarias del Estado (OSE) in Ayui, Artigas, resulted in water savings of 382,000 m3 (corresponding to US$ 156,000) per year, reducing non-revenue water from 73 to 21 % and spurring a scale up movement throughout the country.  
Experiences like these were shared recently by water utilities, government agencies, and experts from eight Latin American countries in Mar del Plata, Argentina, in a knowledge and results exchange workshop.
"Reducing water losses is the most effective way for utilities to generate higher income and increase their supplies of potable water"
Gesner Oliveira
Expert in non-revenue water

Less water lost, more revenue
Energy efficiency programs have become increasingly relevant for water companies in Latin America. And the reasons were very clear for many of the participants who gathered in Argentina.
"Reducing water losses is the most effective way for utilities to generate higher income and increase their supplies of potable water," explained Gesner Oliveira, an Expert on non-revenue water in Brazil.
The most efficient use of energy and water are intrinsically connected, but among Latin America’s water companies, there is currently limited know-how on how to best build programs to promote energy efficiency.
This is why the knowledge sharing between participants was key to finding practical solutions to enable local governments and water utilities to boost energy efficiency and reduce water losses. These included:
·         Tracking performance via a reliable and robust information system
·         Training and building capacity
·         Managing infrastructure within the water network
·         Controlling water allocation and usage
·         Introducing a culture of water delivery at the lowest possible cost.
Successes such as these show a strong interest to improve and build more energy-efficient and less wasteful networks.
What’s more, by sharing experiences and exchanging knowledge, companies and local governments across Latin America now have a practical starting point from which to begin to improve the region’s water management.