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terça-feira, 28 de maio de 2013

Receita agrícola bruta das lavouras do país deverá somar R$ 257,8 bi


27/05/2013 às 15h52

Por Fernando Lopes | Valor

SÃO PAULO  - A receita agrícola bruta (“da porteira para dentro”) das principais lavouras do país tende a alcançar R$ 257,8 bilhões em 2013, conforme estimativa divulgada hoje pela GO Associados. Se confirmado, o valor será 5,5% superior ao cálculo da consultoria para 2012 (R$ 244,3 bilhões) e representará um novo recorde histórico.
Segundo Fábio Silveira, economista da GO, o aumento deverá ser impulsionado sobretudo pela soja, carro-chefe do agronegócio nacional cuja produção se recuperou nesta safra 2012/13 depois da quebra de 2011/12, provocada por uma severa na região Sul. De acordo com a GO, a receita da oleaginosa poderá alcançar R$ 75,8 bilhões neste ano, 14,2% mais que o estimado para 2012 (R$ 66,4 bilhões).
Com a recuperação da soja, a receita bruta dos grãos em geral foi dimensionada pela GO Associados em R$ 136,9 bilhões, 12,7% acima do valor estimado para o ano passado (R$ 121,5 bilhões). Nesse grupo, o milho também deverá apresentar incremento — de 9,6%, para R$ 36,6 bilhões —, bem como feijão (16%, para R$ 9,4 bilhões), arroz (7,9%, para R$ 8,2 bilhões) e trigo (76,2%, para R$ 3,7 bilhões), sempre conforme as projeções da GO. Para o algodão a previsão é de queda de 20,6%, para R$ 2,7 bilhões.
No grupo das lavouras perenes, o destaque positivo é a cana, cuja receita agrícola bruta passou a ser calculada pela GO em R$ 49,2 bilhões, 10,6% mais que em 2012 (R$ 44,5 bilhões), em grande medida graças à tendência de aumento da colheita de cana. Para o café, que vive uma safra de bienalidade negativa e cujos preços estão em baixo patamar, a tendência é de queda de 30,1%, para R$ 23,5 bilhões. A laranja também deverá registrar queda — de 16,3%, para R$ 11,8 bilhões — pressionada por mais uma safra grande e por preços pagos aos citricultores retraídos.
Leia mais em:


Aeroportos precisarão de R$ 34 bilhões de investimentos nos próximos 17 anos, diz estudo


27/05/2013 - 20h04
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Em 2030 o Brasil terá uma demanda anual de 312 milhões de passagens aéreas por ano, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas divulgado hoje (27). Para poder atender a esse fluxo serão necessários investimentos entre R$ 25 bilhões e R$ 34 bilhões, de acordo com o trabalho elaborado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da instituição. Atualmente a oferta dos 20 principais aeroportos do país é cerca de 130 milhões de passageiros por ano.
O estudo leva em consideração o crescimento expressivo do setor, que a partir de 2004 começou a expandir o número de passageiros em taxas superiores a 10% ao ano. “O Brasil, pela primeira vez, teve um sinal de massificação do transporte aéreo”, disse o coordenador do grupo, Gesner Oliveira, ao indicar o aumento da renda, o aumento da oferta de crédito e a redução real dos preços das passagens como fatores responsáveis pelo fenômeno.
O grande crescimento no número de usuários não foi acompanhado, no entanto, por uma expansão da infraestrutura aeroportuária. O levantamento cita, por exemplo, que no Brasil são feitos em média 38 pousos e decolagens por hora, apenas 43% da média internacional.
Por isso, para viabilizar os investimentos que preparem os terminais para o tamanho da demanda,  o estudo aponta para a necessidade de um modelo de concessões de aeroportos que garanta a concorrência no setor. Foram analisados dois modelos de privatização: o adotado pelo Reino Unido e pela Austrália.
A pesquisa aponta que no caso britânico, em 1987,  optou-se por uma concessão em bloco que transferiu para uma única empresa o controle de 60% dos passageiros do Reino Unido. “O órgão de investigação da concorrência [Office of Fair Trading] constatou que a concentração no setor aeroportuário era prejudicial. Verificaram-se baixos investimentos, saturação dos terminais, altas tarifas e piora da qualidade do serviço”, diz a pesquisa, que acrescenta que a situação fez com que o órgão regulador determinasse a venda de três aeroportos. A última venda foi feita neste ano.
Em 1997, a Austrália privatizou os quatro principais terminais aéreos do país, porém, restringiu a participação dos agentes que arremataram um dos outros aeroportos nas outras concessões. O estudo diz que em 2011 os aeroportos do país registrou tarifas abaixo da média internacional e investimentos elevados.
Oliveira defende um modelo semelhante para as próximas concessões no Brasil, que restrinja a participação de grupos que já administrem outros terminais como forma de estimular a concorrência. “Não é uma proibição absoluta, porque pode haver alguma aplicação de capital. Não pode haver uma ingerência estratégica sobre dois complexos aeroportuários”, diz. Na Austrália os grupos podiam participar com no máximo 15% do capital em outra concessão, sem direito a participação na gestão.
O conselheiro do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Cade) Ricardo Ruiz ressaltou que os problemas de infraestrutura nos aeroportos se refletem na concorrência entre as empresas aéreas. “Dependendo da estratégia de negócios, a companhia pode trombar com algum estrangulamento de infraestrutura”, disse ao lembrar que as modificações da malha aérea, por exemplo, depende de disponibilidade dos terminais. “Para criar uma nova rota precisa do aeroporto, do slot, da pista e do pátio”.
Edição: Fábio Massalli


Aeroportos devem consumir R$ 34 milhões


Portal de Notícias UAI- MG

Publicação: 28/05/2013 07:39 Atualização: 28/05/2013 08:03

São Paulo – Os aeroportos brasileiros precisarão de muito investimento para suportar o crescimento médio de 10% ao ano no volume de passageiros previstos até 2030. Para isso, somente os 20 maiores terminais aeroportuários do país necessitarão de R$ 24,5 bilhões a R$ 33,6 bilhões em investimentos, nos próximos 17 anos, para ampliação da capacidade instalada. Esse dado faz parte de um estudo coordenado pelo professor da Fundação Getulio Vargas Fernando Mercado e pelo ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gesner Oliveira, divulgado ontem, em São Paulo, na sede da FGV-SP.

O levantamento destaca uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial e mostra que a qualidade dos aeroportos brasileiros está entre as piores do mundo. O país situa-se na 134ª posição em um ranking de 142 nações. “Será necessário investir muito no país para que o Brasil tenha aeroportos adequados”, afirmou Oliveira. “A falta de investimentos compatíveis com o crescimento da demanda gerou gargalos muito grandes, que comprometem a competitividade do país”, completou o professor.

Os investimentos nos aeroportos privatizados no ano passado – Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília – somam R$ 19,6 bilhões durante os 25 anos de concessão, excluindo a outorga (aluguel que o concessionário pagará à União). Os próximos da lista a serem concedidos pelo governo à iniciativa privada neste ano – Confins (MG) e Galeão (RJ) – deverão exigir, no mínimo, R$ 11,4 bilhões. A minuta do edital desses dois aeroportos tem publicação prevista para esta semana.

O estudo da FGV apresenta dois cases internacionais de privatização aeroportuária. De um lado, o processo australiano, considerado bem-sucedido exatamente pelas limitações impostas pelo governo para evitar participação cruzada; do outro, o exemplo britânico é tido como falho, devido à concentração de dois dos principais mercados do Reino Unido com uma só empresa.

As concessões na Austrália se deram a partir de 1997. À época, uma das imposições era que, na privatização dos quatro maiores aeroportos, responsáveis por 80% do tráfego aéreo, a empresa operadora do terminal de Sydney poderia ter somente 15% do capital dos outros três.

O processo de privatização dos aeroportos britânicos se iniciou no governo Margaret Thatcher, com a concessão da British Airports Authority (BAA) em 1987. A operadora era responsável por sete dos principais aeroportos do Reino Unido, respondendo por 60% da movimentação de passageiros. Como resultado houve saturação dos terminais e altas tarifas.

PUXADINHO A novela do terminal provisório em Confins vai se arrastar por mais tempo. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas para fazer a obra, conhecida como puxadinho, foi adiada para o dia 4 de junho. A expectativa é de que os envelopes das nove empresas convidadas pela Infraero fossem abertos ontem, mas duas delas pediram mais prazo à estatal. O puxadinho já teve três licitações fracassadas. Para resolver o impasse, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) determinou que a obra vai ser feita por meio de contratação direta.(Com Rosana Hessel e Geórgea Choucair)

l O repórter viajou a convite da FGV

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Preço menor de matéria-prima tira US$ 20 bi de exportações

Cifra considera retração nas vendas externas em dois anos, afetada pela baixa de preços

27 de maio de 2013 | 0h 17
Márcia De Chiara, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A queda nos preços internacionais das matérias-primas agrícolas, metálicas e do petróleo deve tirar cerca de US$ 20 bilhões das exportações brasileiras entre 2011 e 2013, nas contas da consultoria GO Associados. Em 2011, as vendas somaram US$ 196,9 bilhões e em 2012 foram US$ 183,7 bilhões. Para este ano, a previsão é de US$ 176,9 bilhões, quase US$ 7 bilhões menos de receita - em comparação ao ano passado - obtida com a venda de produtos básicos, que respondem por 70% das exportações brasileiras.
Praticamente todos as matérias-primas agrícolas e minerais estão com os preços em queda no mercado internacional por duas razões: o baixo crescimento dos países desenvolvidos e as incertezas sobre o desempenho da China, o grande comprador desses produtos. Entre 2011, ano de pico das cotações das commodities, e abril deste ano, os preços médios em dólar no mercado de commodities agrícolas, minerais e energéticas acumularam queda de quase 12%, segundo o índice CRB (Commodity Research Bureau), referência mundial.
Além dos reflexos negativos na receita de exportação e no saldo comercial do País, os preços em queda já começaram a ter impactos nos planos das empresas. A Vale, a maior produtora de minério de ferro do mundo, cortou em US$ 7,8 bilhões os investimentos programados para este ano. O analista da corretora SLW, Pedro Galdi, lembra que a Rio Tinto também reviu investimentos. O minério de ferro responde por pouco mais de 10% das exportações totais do País, ou US$ 30 bilhões.
Outro sintoma da mudança de humor das empresas ligadas ao setor de produtos básicos aparece nas consultas recebidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obter financiamento. No setor químico, por exemplo, houve queda de 51,6% no volume registrado no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012. No segmento de celulose, o recuo foi de 7% em igual período.
"O cenário hoje é de queda de preço das commodities e isso pesa no saldo comercial", afirma o diretor de pesquisa econômica da consultoria GO Associados, Fabio Silveira. Para este ano, ele projeta que as exportações brasileiras somem US$ 235 bilhões, recuo de 3% sobre 2012 ou US$ 7,6 bilhões menos. Dessa retração, US$ 6,8 bilhões serão provenientes da queda nas vendas de commodities agrícolas e minerais e das quase commodities, como produtos intermediários, além do petróleo.
Em termos de saldo da balança, Silveira calcula que o superávit este ano caia mais da metade: de US$ 19,4 bilhões em 2012 para US$ 8 bilhões. A retração será em boa parte provocada pelas commodities, além do aumento das importações.
Déficit. O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, acredita que a queda nos preços das commodities deve subtrair entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões das exportações brasileiras este ano. Além disso, Castro considera que a balança feche 2013 no vermelho, mas ainda não arrisca fazer projeções sobre o tamanho do buraco. Se a previsão se confirmar, será o primeiro déficit desde 2000. "Estamos no fio da navalha do déficit." No ano, até a terceira semana de maio, as exportações somam US$ 84,1 bilhões e as importações, US$ 89,2 bilhões. O déficit é de US$ 5,095 bilhões, segundo o Ministério da Indústria e Comércio.

Entrevista Fabio Silveira ao jornal Estado de São Paulo

Recuo das commodities segura a inflação

O Estado de S. Paulo - 27/05/2013

Apesar de afetar negativamente a balança comercial, o lado favorável da queda dos preços das matérias-primas é a desaceleração da inflação, especialmente a dos alimentos. O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor), que é uma prévia da inflação oficial, desacelerou mais do que o esperado em maio. O índice subiu 0,46% este mês, depois de ter aumentado 0,51% em abril. O recuo do índice foi patrocinado pelaperda de fôlego dos preços dos alimentos.
De acordo com o indicador, os preços dos alimentos subiram 0,47% em maio, depois de terem aumentado 1% em abril. A desaceleração dos preços da alimentação ao consumidor acompanhou o comportamento das cotações no atacado, que já estavam caindo.
"O lado ruim para abalança é o lado bom para a inflação", diz o diretor de pesquisa econômica da GO Associados, Fabio Silveira. Ele afirma que não tem dúvidas de que o alívio nos preços dos alimentos capturado pelo IPCA-15 reflete a queda dos preços das commodities agrícolas. "Por isso, que eu acho desnecessária a alta de juros."
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, frisa que apesar de a queda dos preços das commodities afetar negativamente abalança comercial, ela vai segurar a inflação. "Em um ano eleitoral, isso é bom para o governo. A população não sabe nada sobre balança comercial, mas está preocupada com a inflação, porque pesa no bolso."
Na opinião de Silveira, da GO Associados,apreocupação com a balança não é imediata, porque o País tem um grande volume de reservas acumuladas. Ele não acredita que o governo, neste momento, mexa no câmbio e desvalorize o real paratornar as exportações brasileiras mais competitivas.
"O Banco Centralnãovai deixar essa taxa de câmbio se desvalorizar muito porque volta a inflação", diz Silveira. / M.C.

Desaceleração
0,46%
foi o IPCA-15 de maio, índice que é uma prévia da inflação oficial
0,51%
foi o IPCA-15 de abril

terça-feira, 14 de maio de 2013

União na água


Folha de Sao Paulo, 14/05/2013

A consultoria de Gesner de Oliveira, ex-presidente da Sabesp e do Cade, fechou uma parceria com a israelense Miya Internacional, especializada em redução de perda de água.
A GO Associados passa a assessorar permanentemente a companhia, que faz parte do Arison, um grande grupo empresarial de Israel.
O objetivo da Miya é crescer no mercado brasileiro, no qual já atua desde a compra da BBL.
"A empresa tem apetite para aquisições de empresas que tenham expertise e possam oferecer soluções ambientais", diz Oliveira.
Há indústrias que fazem o próprio tratamento do seu afluente, lembra. "Isso não tem nada a ver com a atividade principal da companhia."
Não há concorrência ou conflito de interesse com as empresas que a GO já atende, avalia. "Eles são fornecedores de soluções ambientais. Nossos clientes, operadores."
A israelense foi uma das empresas que operaram na redução de perda de água em Maceió de 68% para 48%. "Ainda alto, mas viabilizou o fim do rodízio na cidade." A média nacional de perda é de 37%.
Silvia Zamboni/Folhapress
O consultor Gesner de Oliveira
O consultor Gesner de Oliveira