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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Câmbio faz defasagem da gasolina recuar para 13%

Por Rodrigo Pedroso | De São Paulo
23/05/2014 às 05h00
O preço da gasolina estava defasado em 13% na média do mês até anteontem, nos cálculos da consultoria GO Associados. A diferença entre o quanto a Petrobras paga na importação do litro do combustível e por quanto ela o vende em suas refinarias no mercado interno caiu três pontos percentuais em relação ao registrado em abril.
O recuo foi causado pela recente valorização cambial, que fez o dólar recuar para a faixa de R$ 2,20 após atuação do Banco Central. Hoje, a Petrobras perde R$ 0,22 em média ao revender por R$ 1,39 o litro da gasolina importada no mercado interno.
A diferença é persistente. Na série histórica do cálculo da consultoria, a relação não fica positiva para a estatal desde dezembro de 2010, apesar de estar menor do que o pico atingido em agosto do ano passado, quando essa distância alcançou 25%.
O diesel - combustível importado em maior quantidade do que a gasolina - também registrou recuo na defasagem, de 7% em abril, para 3% há dois dias. Ambos combustíveis foram afetados pelo câmbio, já que os preços do barril de petróleo e da realização de um litro de gasolina ou diesel no exterior ficaram estáveis em dólar nos últimos meses. A consultoria utiliza os preços médios das refinarias do Golfo do México, nos Estados Unidos.
Fabio Silveira, diretor de pesquisa econômica da GO Associados, acredita que o governo não autorizará o reajuste dos combustíveis no curto prazo e que a defasagem deve permanecer. "É uma medida impopular, difícil de ser tomada. Deve haver um reajuste neste ano, mas só depois das eleições. E mesmo assim ele deverá ser dosado, para não estourar a inflação no começo do ano que vem", afirma.
O prognóstico do economista parte do pressuposto de que o câmbio não deve sofrer grandes oscilações ao longo do ano, assim como o preço do barril de petróleo no mercado internacional, que possui tendência de estabilidade no mercado futuro.
O baixo patamar da defasagem do diesel precisa ser colocado no contexto da persistente relação negativa para a estatal, ainda segundo Silveira. "O câmbio poderia ajudar se fosse mais valorizado, mas ele não deve sair do patamar atual senão haverá piora nas exportações, que não estão tendo bom desempenho neste ano", diz.
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), chama atenção para os custos com frete na importação até as refinarias da Petrobras que não aparecem no cálculo da diferença de preços. Esse custo, inexistente quando a estatal produz no país, adiciona até três pontos percentuais a mais na defasagem.
O fim do período de frio no hemisfério norte deve fazer com que os preços do diesel no mercado internacional recuem mais nos próximos meses. Por outro lado, em função do verão e do início das férias escolares, haverá maior demanda por gasolina, que deve impactar os preços.
Mais dois fatores esperados para este ano jogam contra o caixa da estatal: enquanto o incremento da produção de derivados de petróleo está previsto apenas para o fim do ano, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) espera 5% de aumento no consumo interno de combustíveis até lá.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/brasil/3559018/cambio-faz-defasagem-da-gasolina-recuar-para-13#ixzz32YTZQGzs

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Brasil cai no ranking de competitividade

País perdeu três posições no Índice de Competitividade Mundial 2014, ficando em 54º no ranking geral composto por 60 países


22 de maio de 2014 | 2h 12

Mônica Scaramuzzo - O Estado de S.Paulo
   
O Brasil perdeu espaço, pelo quarto ano consecutivo, no cenário competitivo internacional, como reflexo da piora da eficiência da economia nacional. O País caiu três posições no Índice de Competitividade Mundial 2014 (World Competitiveness Yearbook), ficando em 54.º no ranking geral composto por 60 países, à frente apenas da Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Entre 2010 e 2013, o País saiu da 38.ª posição no ranking para o 51.º lugar.
Sétima maior economia global, embora atraia investimentos estrangeiros na produção e seja gerador de emprego, o Brasil não consegue sustentar seu crescimento, muito em parte atribuído ao seu complexo sistema regulatório e legislação trabalhista, aponta o índice. Os dados são do International Institute for Management Development (IMD), uma das principais escolas de negócios no mundo, com sede na Suíça. A Fundação Dom Cabral é a responsável pela pesquisa e coleta de dados no Brasil.
"Os dados deste ano mostram que o Brasil não apenas desceu posições no ranking, mas perdeu competitividade para ele mesmo", diz Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral, responsável pelos dados relacionados ao Brasil.
A competitividade da economia brasileira está sendo afetada pelo aumento significativo dos preços e baixa participação do País no comércio internacional (neste quesito, o Brasil ficou em 59.ª colocação de acordo com o índice). "O Brasil está perdendo espaço no mercado internacional. A economia do País está muito orientada para dentro (mercado doméstico). Não se pode confundir tamanho com sustentação de longo prazo", afirmou Arruda.
Para Fábio Silveira, diretor de pesquisa econômica da consultoria GO Associados, o País não dá o devido valor a alguns setores considerados cruciais para a estabilidade econômica. Silveira cita nominalmente o agronegócio. "A gente se esquece que depois que se planta o produto precisa chegar ao porto."
Energia. A infraestrutura defasada, que inclui estradas, portos, aeroportos e energia, continua sendo um ponto crítico, mostra o índice do IMD. E o custo da energia deverá trazer mais impactos negativos ao Brasil, que deverá perder posições no ranking em 2015. "O País está em 51.º em custo de energia, com custo médio de US$ 0,18 por quilowatt, enquanto a média dos outros países fica em US$ 0,12", disse Arruda.
Segundo ele, o Brasil até está promovendo mudanças para melhorar infraestrutura, mas o ritmo está lento e os custos são muito altos.
Outro fator que pesa contra o País é a eficiência empresarial. A baixa produtividade é alarmante. Nesse item, o Brasil fica em 59.º, atrás somente da Venezuela. "O Brasil gera emprego, mas de menor valor agregado, com mão de obra pouco qualificada, fruto de deficiência educacional. Não gera riquezas na mesma proporção", afirmou Arruda.
De acordo com Silveira, da GO Associados, o País vem de um longo processo de desindustrialização. "Alguns setores mais intensivos em mão de obra perderam espaço. O mundo ideal seria exportar produtos agrícolas e também produtos industrializados. A alta carga tributária e os elevados custos de produção nos empurra para forte risco de contração do PIB industrial."
Entre os Brics, que incluem também Rússia, China, Índia e África do Sul, o País também está na lanterna. No ano passado, o Brasil estava à frente da África do Sul. Na comparação com os países da América Latina, o Brasil é o que apresenta maiores oscilações.
Arruda observou ainda que o fato de o Brasil não avançar em fatores macroeconômicos pode significar um problema se o País quiser reverter sua queda no ranking. "Foram os casos da Grécia e da Argentina. Há dez anos, os argentinos estavam na frente do Brasil, mas foram perdendo espaço após sucessões de erros, como congelamento do peso. Na Grécia, país que recebeu uma forte injeção de recursos da União Europeia, também houve erros nos processo de decisão."
Topo. No topo da lista dos países competitivos, estão os EUA, Suíça, Cingapura e Hong Kong. O alto desempenho em tecnologia e infraestrutura, aliado à geração de emprego, refletem a força da economia dos EUA.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Míriam Leitão discute o comércio exterior e suas consequências para o Brasil

Segundo o presidente da Winner Comércio Exterior, Joseph Tutundjian, qualidade do comércio exterior "deteriorou drasticamente". Para o diretor da GO Associados, Fábio Silveira, resultado pode ser explicado pela queda nos preços de commodities e pela perda da competitividade da indústria.



Veja a entrevista completa em: http://g1.globo.com/globo-news/miriam-leitao/videos/t/todos-os-videos/v/miriam-leitao-discute-o-comercio-exterior-e-suas-consequencias-para-o-brasil/3334194/

sexta-feira, 2 de maio de 2014

GO Associados: agro deve ter saldo comercial menor neste ano

ECONOMIA E NEGÓCIOS01 de Maio de 2014 | atualizado em 01/05/2014


POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

O agronegócio deve registrar saldo comercial menor neste ano. Mesmo assim, deve ser novamente o setor com melhor desempenho no comércio exterior do Brasil. A avaliação foi feita em relatório pelo consultor Fábio Silveira, da GO Associados.
Silveira projeta um superávit comercial (valor das exportações maior que o das importações), de US$ 74,3 bilhões. No ano passado, o saldo positivo ficou em US$ 81,3 bilhões. Só as vendas externas do setor devem somar US$ 86,8 bi. As importações devem ser de US$ 12,1 bilhões.
Na avaliação do consultor, as exportações do complexo soja, principal item da pauta de exportações do agronegócio brasileiro, devem crescer, passando de uma receita de US$ 31 bilhões no ano passado para US$ 33 bilhões neste ano. Outro que deve crescer é o complexo carnes, cujo valor das vedas externas deve passar de US$ 14,8 bilhões em 2013 para US$ 15,1 bilhões
No entanto, outros produtos do setor devem registrar queda no valor das exportações. Açúcar deve cair de US$ 12 bilhões para US$ 10,9 bilhões; milho, de US$ 6,3 bi para US$ 5 bi; e café de US$ 5 bi para US$ 4,5 bi.
           Geral
Apesar da perspectiva de bom desempenho, o agronegócio não deve evitar que o Brasil encerre o ano de 2014 com déficit comercial, de acordo com as projeções de Fábio Silveira. Segundo ele, a diferença entre as exportações e importações do país deve encerra o ano com saldo negativo de US$ 3 bilhões.
Segundo ele, o resultado deve ocorrer porque as importações devem crescer 2,7% e somar US$ 246 bilhões. Já as exportações devem crescer menos, apenas 0,3%, e chegar a US$ 243 bilhões.
O resultado das exportações brasileiras, segundo ele, está associado, principalmente, a um expectativa de queda nos preços de commodities, que têm maior peso na pauta brasileira. Na avaliação dele, a redução dos estímulos monetários por parte do governo dos Estados Unidos e o cenário de menor dinamismo da economia global devem pressionar os preços.
O desempenho das importações deve ser pressionado pela expectativa de crescimento das vendas no varejo no mercado interno. Nos cálculos de Fábio Silveira, as importações de bens de consumo devem superar as exportações em US$ 7,3 bilhões.
Fonte: http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Economia-e-Negocios/noticia/2014/05/go-associados-agro-deve-ter-saldo-comercial-menor-neste-ano.html