Fabio Silveira (*)
No 1Tri13, segundo o
IBGE, o investimento brasileiro aumentou 3% frente ao 1Tri12. Esse bom
resultado, todavia, deve ser visto com cautela. Isto porque, segundo a ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), no mesmo
período, o faturamento real dessa indústria diminuiu 7,9%.
Na verdade, o
referido avanço do investimento foi sustentado, em boa medida, pela elevação
extraordinária da produção de caminhões. Nos três primeiros meses de 2013, a
produção deste setor cresceu 39%, por conta da reduzidíssima base de comparação
existente em 2012, quando o número de caminhões teve queda drástica, provocada
pela mudança na legislação ambiental relativa aos motores deste tipo de
veículo.
Por motivo
metodológico, a evolução do investimento (ou da Formação Bruta de Capital Fixo
– FBKF) nas Contas Nacionais do IBGE é influenciada também pelo desempenho do
segmento de caminhões.
Para o 2Tri13,
estima-se que o faturamento real da indústria de máquinas e equipamento ainda
transite em terreno negativo, apesar de seu maior dinamismo no período
Abr-Mai13, recuando cerca de 2,8% em comparação com o 2Tri12. Também para o
2Tri13, prevê-se que a produção de caminhões continue crescendo de modo
expressivo, superando até o incremento de 39% observado no primeiro trimestre
deste ano.
Nessas condições, para o 2Tri13, espera-se que o investimento brasileiro registre novamente evolução considerável (+ 3,7%). Porém, à exemplo do ocorrido no 1Tri13, deverá tratar-se de ampliação de qualidade discutível da base produtiva nacional.
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