29/09 - Liliana Lavoratti
Candidatos tentam as últimas cartadas para melhorar a performance nas eleições, que acontecem no próximo final de semana
Na reta final, mais do mesmo
Na semana derradeira da corrida presidencial, e antes de 141,824 milhões de eleitores irem às urnas dia 5, a presidente Dilma (PT) e a ex-senadora Marina Silva (PSB) ainda tentarão as últimas cartadas para melhorar a performance - certamente enfatizando a linha de ataques mútuos que predominou durante a campanha -, enquanto o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves (PSDB), segue a mesma cartilha. Embora a redemocratização já tenha atingido a fase adulta - 30 anos - e o País tenha sido abalado pelas jornadas de protestos há pouco mais de um ano, a famigerada mudança parece ter ficado para o futuro.
Já em 2015
O País já está voltado a 2015, pois parece que 2014 já era. A única interrogação mais importante é quanto ao resultado das urnas no próximo domingo. O eleitorado vai confirmar a preferência pela reeleição da presidente Dilma? Fora isso, os cálculos todos estão direcionados para janeiro do próximo ano em diante. E, infelizmente, os cenários traçados - mesmo bastante destoantes entre si -, não são muito favoráveis. Já é voz corrente que 2015 será de crescimento anêmico, com a população digerindo as medidas amargas que o governo terá de adotar para retomar o rumo.
Mundo vai ajudar?
Na sexta-feira, quando será divulgado o PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos, pode ficar mais claro se a crise de 2008-2009 está mesmo ficando para trás. Segundo o diretor de Pesquisas da GO Associados, Fabio Silveira, "após cinco anos de injeções generosas de liquidez e acúmulo de gigantescos déficits públicos, a economia dos EUA emite sinais mais nítidos de que está no rumo certo". O horizonte pode levar de 6 a 12 meses. Nesse caso, mesmo a China crescendo a 6% ao ano, os preços das commodities poderiam ser menos prejudicados - beneficiando o Brasil.
Por aqui
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne hoje com empresários de vários setores na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. A pauta formal prevê debate sobre o atual cenário econômico e as perspectivas para as exportações brasileiras. Entre os participantes do encontro, o presidente em exercício da Fiesp, Benjamin Steinbruch, e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Praticamente demitido pela presidente Dilma caso ela seja reeleita neste domingo, Mantega não deverá ser poupado pelos empresários.
Plano B
A insegurança relativa à cotação do dólar, que na última semana voltou a subir mesmo com intervenção do Banco Central, levou Amador Alonso Rodriguez, presidente da Anefac (entidade dos executivos de finanças) a afirmar na última quinta-feira, durante entrega do Troféu Transparência, que a associação ainda não escolheu o local do próximo congresso nacional da categoria, em maio, no exterior, pela dificuldade de prever custos. "A ideia é fazer o congresso fora, mas trabalhamos com um plano B, caso o dólar suba muito", disse ante as cerca de 500 pessoas presentes.
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