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terça-feira, 5 de março de 2013


Herança maldita
15/01/2013 - 19:53:57
A privatização selvagem perpetrada pelo Governo M enem ainda se faz sentir na Argentina, mesmo após mais de uma década. Nos anos 2000, a produção petrolífera do país caiu 30% e a de gás, 15%. Sem encontrar novos poços, as
reservas são 20% do que eram no início do século; as de gás, metade. E fica um alerta para os que defendem, no Brasil, exportação da produção do pré-sal para salvar a balança comercial: a Argentina deixou de ser um país exportador e fechou 2012 com déficit na conta petróleo de US$ 11 bilhões. A salvação parece vir do gás de xisto, que será explorado pela recém-resgatada YPF.

Mãos dadas
A esquerda espanhola (IU) é a grande beneficiária do desgaste do PP - partido do primeiro-ministro Mariano Rajoy -
e do Partido Socialista (Psoe). Pesquisa publicada pelo jornal El País mostra que o PP, que nas eleições gerais em
novembro de 2011 obteve 44,6% dos votos, hoje teria apenas 29,8%. O Psoe cairia de 28,7% para 23,3%. A IU dobraria
sua participação, de 7,7% para 15,6%. O UPyD saltaria de 4,6% para 10,1%. Três em cada quatro espanhóis desaprovam
a gestão do primeiro-ministro; 84% têm pouca ou nenhuma confiança nele.
Reis da sucata
O setor da sucata de ferro, uma das principais matérias-primas usadas para a produção do aço, se movimenta contra
o lobby das grandes siderúrgicas do país, que solicitaram ao M inistério de Desenvolvimento (M DIC) a cobrança de
taxa para a exportação de sucata ferrosa. O tema será discutido em seminário dia 23, em São Paulo, com a presença
do ex-presidente do Cade Gesner Oliveira e do ex-ministro M iguel Jorge. O setor é formado por mais de 3 mil
pequenas e médias empresas, com 1,5 milhão de pessoas direta ou indiretamente envolvidas.
Nice Sprout
A Broto Legal Alimentos anuncia o lançamento de uma linha de carne seca. M as quem for procurá-la no mercado
terá que exercitar o inglês. O nome comercial do produto será Jerked Beef Broto Legal.
Em dúvida
O economista Jardel Leal, do Dieese, defende que o Brasil precisa definir se pretende continuar como mero
produtor de commodities ou saltar para a posição de desenvolver produtos de maior valor agregado, mas ressalva:
"M as para dar um salto de qualidade é preciso ter um modelo de desenvolvimento definido", destaca, observando
que, na disputa pela apropriação da riqueza, "como não temos experiência democrática consolidada, ainda ficamos na dúvida".
Terra de índio
Exemplo de sucesso na pesquisa nacional, a Embrapa pesquisa o solo de biocarvão, as "terras pretas de índio", um
solo encontrado na Amazônia extremamente fértil e rico. Sua origem está associada a antigas ocupações indígenas pré-colombianas, identificadas por fragmentos de cerâmica, ossos e outros vestígios.
"O interesse em reproduzir a terra preta de índio em laboratório se baseia em sua fertilidade e capacidade de reter carbono, mitigando as emissões humanas e o consequente o indesejado efeito estufa ", diz o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro) Etelvino Novotny.
A presença do biocarvão no solo, em doses adequadas, ajuda não só a aumentar a produtividade das lavouras, mas também a economizar fertilizantes. A aplicação do material pode ainda reduzir as emissões de outros gases, como o
óxido nitroso, que tem potencial cerca de 300 vezes maior que o do gás carbônico para intensificar o efeito estufa.
Isonomia com a banca
Do sempre lúcido escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, citando trecho de sua mais recente obra, Os
Filhos dos Dias, no qual fala do Dia do M eio Ambiente: "A nova Constituição do Equador, de 2008, estabelece que a
natureza tem direitos humanos. Soa estranho isso de a natureza ter direitos, não? Porém, não parece ser estranho
que as empresas privadas tenham direitos humanos, já que a Carta M agna dos Estados Unidos contém essa
prerrogativa desde o século XIX. Por isso, governos reagem como reagem durante as crises econômicas. Ou seja, se
o meio ambiente fosse um banco, já o teriam salvado", ironiza.

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